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quarta-feira, 11 de maio de 2011

Para refletirmos....
LIMITES NA EDUCAÇÃO DOS FILHOS
Somos as primeiras gerações de pais decididos a não repetir com os filhos os erros de nossos progenitores. E com o esforço de abolir os abusos do passado, somos os pais mais dedicados e compreensivos; mas, por outro lado, os mais bobos e inseguros que já houve na história.
O grave é que estamos lidando com crianças mais espertas, ousadas, agressivas e poderosas do que nunca. Parece que, em nossa tentativa de sermos os pais que queríamos ter tido, passamos de um extremo ao outro: assim, somos a última geração de filhos que obedeceram a seus pais e a primeira geração de pais que obedecem a seus filhos...
Somos os últimos que tivemos medo dos pais e os primeiros que tememos os filhos. Os últimos que cresceram sob o mando dos pais e os primeiros que vivem sob o jugo dos filhos. E, o que é pior, os últimos que respeitamos os pais e os primeiros que aceitamos que nossos filhos nos faltem com o respeito.
À medida que o permissível substituiu o autoritarismo, os termos das relações familiares mudaram de forma radical, para o bem e para o mal. Com efeito, antes se consideravam bons pais aqueles cujos filhos se comportavam bem, obedeciam suas ordens e os tratavam com o devido respeito. E bons filhos, as crianças que eram formais e veneravam seus pais. Mas, na medida em que as fronteiras hierárquicas entre nós e nossos filhos foram se desvanecendo, hoje, os bons pais são aqueles que conseguem que seus filhos os amem, ainda que poucos os respeitem. E são os filhos quem, agora, esperam respeito de seus pais, pretendendo de tal maneira, que respeitem suas idéias, seus gostos, suas preferências e sua forma de agir e viver. E, além disso,os patrocinem no que necessitarem para tal fim...
Quer dizer, os papéis se inverteram: agora são os pais se esforçam para agradar seus filhos para ganhá-los e não o inverso, como no passado.
Isso explica o esforço que fazem hoje, tanto pais como mães para serem os melhores amigos e dar tudo a seus filhos.
Dizem que os extremos se atraem: se o autoritarismo do passado encheu os filhos de medo dos pais, a debilidade do presente os preenche de medo e menosprezo aos nos ver tão débeis e perdidos como eles.
Os filhos precisam perceber que, durante a infância, estamos à frente de suas vidas, como líderes capazes de sujeitá-los, quando não os podemos conter, e de guiá-los, enquanto não sabem para onde vão.
Se o autoritarismo suplanta, o permissível sufoca. Apenas uma atitude firme e respeitosa lhes permitirá confiar em nossa idoneidade para governar sua vida enquanto forem menores, porque vamos à frente, liderando-os e não atrás, os carregando e rendidos à sua vontade. É assim que evitaremos que as novas gerações se afoguem no descontrole e tédio no qual está afundando uma sociedade, que parece ir à deriva, sem parâmetros nem destino.
Os limites abrigam o indivíduo - com amor e profundo respeito.
(este texto me foi passado como sendo de autoria de Mônica Monastério - de Madrid, na Espanha. Se é dela ou não, o autor tem meus parabéns.)

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